14/02/2007

ANA PEREZ QUIROGA



Quinta-Feira, 15
de Fevereiro às 22h


”Etant donnés:
1.º la chute d´eau, 2.º le gaz d´eclairage” – 2007

..."
“Etant donnés: 1. la chute
d’eau 2. le gaz d’éclairage”, (1946-66) trabalho póstumo de Duchamp, apresenta ao espectador um possível crime passional. Através de dois orifícios numa porta de madeira, o espectador intrigado vê uma construção tridimensional, como um diorama. A sensação é de estarmos a observar um animal no seu ambiente natural. Este animal é o corpo de uma mulher nua, aparentemente parece ter sido assassinada. Este “ninguém” encontra-se sobre galhos secos, não se vê a sua cara, mas observa-se a sua vagina que parece ter sido rasgada, violada. “Ninguém” segura uma lâmpada incandescente de gás, remetendo-nos para a estátua da liberdade e o seu facho de luz. Ao fundo observamos uma paisagem de uma floresta entre o terreno montanhoso. Um curso de água atravessa este espectáculo mórbido. Será que só podemos alcançar a almejada liberdade, após sermos objecto de um crime sexual violento?

...A cadela é um cão fêmea, no uso coloquial, a palavra cadela é empregada frequentemente
para insultar, para descrever uma mulher sexualmente promíscua, maliciosa, meretriz, infame, dissoluta, degradante; pode também ser usada no universo masculino, especialmente na prisão, a um homem dominado sexualmente por outro. A palavra cadela resume em si uma série de conotações negativas e a sua substituição é central para a leitura da obra."... (excerto do texto de Ricardo Vilhena)

Voyeur
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