31/01/2010

NOITES UTÓPICAS


Noites Utópicas 2

Transfigurações do Género

4 de Fevereiro, Quinta-Feira, 21h30 | Teatro-Cine de Torres Vedras | Entrada Livre

Perante a iminência contagiante do Carnaval “mais Português de Portugal” em Torres Vedras e da sua peculiar tradição das “Matrafonas”, as Noites Utópicas prosseguem no Teatro-Cine a 4 de Fevereiro, Quinta-Feira, pelas 21h30, desta vez com a presença da realizadora e activista LGBT Raquel Freire (Rasganço, Veneno Cura) e do curador Hugo Dinis (exposição Desedificar o Homem, Serralves). Os convidados tem por missão fornecer a substância ígnea fundamental para uma tertúlia controversa em torno das identidades e das subjectividades culturais relacionadas com o género e a orientação sexual, a qual só ficará mesmo completa com o discurso directo de uma vernacular “Matrafona” (da Associação Ministros & Matrafonas, Carnaval de Torres Vedras).

As “questões de género” estão hoje na ribalta. Desde a nova legislação que permite o casamento homossexual até aos mais recentes estudos sobre poesia portuguesa feminista, a contestação de um paradigma “patriarcal” ancorado no poder de uma masculinidade hegemónica parece indicar que vivemos uma época de transição histórica. Será que entrámos numa era mais atenta aos direitos culturais de pessoas portadoras de outras mundividências e imaginários? Novos tempos em que assumidamente admitimos a fluidez identitária, reconhecendo que não somos o que somos mas o que fazemos de nós?

Quando em Outubro de 2008 Raquel Freire encenou o seu casamento homossexual frente ao Parlamento, referiu ao JN que essa «foi uma acção política contra a homofobia. Espero que seja finalmente legitimada. Daqui a uns anos, isso vai ser tão ridículo como discriminar raças diferentes. O racismo hoje é crime. Se um homem vai na rua e é apedrejado porque gosta de homens e não de mulheres, se perde o emprego por causa disso, isto é fundamental, é para a vida dele, é para a sobrevivência.».

Face a este contexto global e na actual temporalidade Carnavalesca de Torres Vedras, qual o sentido transfigurador das “matrafonas” e o seu valor simbólico? Serão apenas um fenómeno que visa o constante reforço da dominação masculina como exercício do poder e do consenso homofóbico? A resposta afirmativa a esta pergunta podemos encontrá-la na peça da artista Carla Cruz intitulada Homofóbico/Homoludens, integrada na exposição “Desedificar o Homem. Aproximações de arte contemporânea para uma possível discussão sobre a questão do género masculino” (com curadoria de Hugo Dinis, colecção do Museu de Serralves).

Esta discussão é igualmente importante numa outra dimensão globalizante, a das “Cidades Criativas” e das suas condições estruturantes ao nível da gestão das diversidades culturais. Neste aspecto, importa reconhecer se uma cidade média como Torres Vedras tem o grau suficiente de “Tolerância”, tendo em conta os condimentos delineados por Richard Florida (3 T's: tecnologia, talento e tolerância). Tolerância, significa aqui uma “abertura” social a estilos de vida não-hegemónicos, e o cruzamento criativo entre as diversas sensibilidades e racionalidades, designadamente a existência pública de uma boémia criativa, de minorias étnicas, ou de minorias LGBT...

Estas são algumas das questões que irão animar a tertúlia da Noite Utópica dedicada às Transfigurações do Género, precedidas pela visualização de recentes filmagens da cineasta Raquel Freire.

O Ciclo Noites Utópicas começou no dia 21 de Janeiro com o tema «Espaços Autónomos de Produção e Programação Cultural» e pretende ser uma clareira de encontro e de debate aceso, sem receio de polémicas e visando a construção do consenso possível, aberto à multiplicidade de identidades, subjectividades ou mundividências culturais e artísticas.

Para mais informações, por favor contactar:

Rui Matoso | rui.matoso@gmail.com

http://noitesutopicas.blogspot.com/ http://www.cm-tvedras.pt/teatro-cine/detalhes/?id=1083

Entrevistas com Raquel Freire:

Imagem do trabalho de Carla Cruz: http://www.flickr.com/photos/litcha/1983356173/

Catálogo da Exposição Desedificar o Homem: http://www.serralves.pt/fotos/editor2/exposicoes/Antena-3.pdf

27/01/2010

I) Totemismo Urbano / Performances na baixa do Porto


Sábado, 30 de Janeiro, 18h30
Início no Coreto de S. Lázaro (jardim de S. Lázaro em frente à biblioteca municipal).

Com Paulo Mendes, Miguel Moreira, Marianne Baillot, Albuquerque Mendes, António Olaio e Gabriela Vaz-Pinheiro.
Ciclo concebido para o espaço público em horário crepuscular no mês de Janeiro,
”Totemismo Urbano” assume o ambiente de acção em todas as suas variáveis, explorando o potencial cenográfico das condições climatéricas (até certo ponto imprevisíveis), dos edifícios, jardins e suas simbologias, e da iluminação artificial, numa psicogeografia parcialmente instantânea e improvisada, contraposta ao atrito da atmosfera contextual, procurando evocar nesses espaços uma dimensão simbólica proveniente dos estratos de memória e significado que emanam dos locais explorados.

” O carácter fundamental do totemismo animal é a existência de um pacto mal definido, mas de natureza religiosa, entre certos clãs humanos e certos clãs animais.”
Salomon Reinach, « Phénomènes généraux du totémisme animal », Cultes, mythes et
religions, Tome I, Éd. Ernest Leroux, Paris, 1905

“Totemismo Urbano” é, assim, um totemismo bastardo, que transcende as categorias do
totemismo animal (o mais comum em todo o planeta) e vegetal (mais raro), penetrando na excepcional área do totemismo inorgânico.
Ao carácter específico de cada “performance” contrapõe-se a negociação entre o indivíduo e o potencial simbólico dos espaços e artefactos urbanos que o rodeiam.
Partindo de uma hipotética tabula rasa em que os referenciais-padrão do espaço citadino foram apagados, explora-se um contexto semelhante ao dos cultos de carga surgidos no Pacífico após o contacto com a tecnologia ocidental: os intervenientes estabelecerão relações com as estruturas, edifícios e paisagens circundantes, num processo de reconfiguração de espaços pela projecção animista da acção dos “performers” nesses elementos e objectos, que irão adquirir um papel totémico.

Filipe Silva & Jonathan Saldanha / SOOPA

Percurso Totemismo Urbano

O percurso na baixa do Porto iniciar-se-á no Coreto do Jardim de S. Lázaro com silêncio, ordens, preces, ameaças, elogios, censuras, razões, que querem que eu compreenda do que eles dizem, de Paulo Mendes.

Posteriormente, na Praça dos Poveiros, encontraremos Na Rua, de Miguel Moreira e, nas escadas do Passos Manuel (Rua Passos Manuel), teremos Black Falls, de Marianne Baillot.
Seguir-se-á Quem Quer Ser Lobo, Veste-lhe a Pele, de Albuquerque Mendes, na Praça D. João I e, na Avenida dos Aliados, junto da Menina Nua, António Olaio apresentará Not a Love Song.
O projecto Pensamento/Acção 010, de Gabriela Vaz-Pinheiro, irá realizar-se durante as restantes performances.

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II) “Totemismo Urbano” em conversa
Sexta-feira, 29 de Janeiro, 18h,
A Sala - Rua do Bonjardim, 235, 2º Porto
Com Paulo Mendes, Gabriela Vaz-Pinheiro, Marianne Baillot, Albuquerque Mendes, Susana Caló e Godofredo Pereira. Moderação de Filipe Silva

Discussão informal antevendo “Totemismo Urbano” e temas relacionados, como o totemismo, a urbanidade, o lugar do pensamento mágico na sociedade tecnocrata do 3º Milénio, entre outros.

Mais info: www.soopa.org, producao@soopa.org, asalanabaixa.blogspot.com


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COREOGRAFIA PARA UM MUSEU PÚBLICO, de Gabriela Vaz-Pinheiro Instalação Vídeo / Exposição


Rui Vieira

30 de Janeiro :: sábado 16h
até dia 20 de Fevereiro
Terça a Sábado das 14h00 às 20h00
Espaço Campanhã, Porto
Rua Pinto Bessa 170, r/c trás, 122 Armazém nº 4 (atrás do BANIF)


"Coreografar a fugacidade de gestos e movimentos, repetidos ou fortuitos, que caracterizam a passagem de um determinado número de pessoas por um dado espaço e num dado tempo, reflectindo em específico sobre a questão do processamento e passagem das audiências pelos museus públicos e tendo em conta que os seus “foyers” quase sempre os representam de forma simbólica. O projecto reflecte sobre os processos de análise, relacionamento e captação de audiências que todos os museus supõem, ao mesmo tempo que a presente instalação procura esbater noções de espaço "institucional" e espaço "alternativo".

A exposição apresenta material de pesquisa, como por exemplo, folhas retiradas de cadernos de apontamentos, recolhas de informação diversa junto dos museus contactados, documentos produzidos pelos participantes no processo preparatório, videos com diferentes posicionamentos no decorrer do projecto, uma peça sonora; e pretende criar um momento de contacto de um projecto in progress com a audiência que nele participou e com outras audiências. Nos objectos mostrados, desenhos, videos ou peças diversas, vive um processo continuado de reflexão sobre as questões críticas de que o projecto parte e outras que ele despoleta, desde questões basilares da origem e definção da obra de arte, às reconfigurações das noções de instituição e sistema da arte pela mão de artistas como Duchamp ou Broodthaers, à navegação do espaço museológico enquanto espaço genérico. Todos aqueles objectos são também resultado de um processamento do material e situações de trabalho com os participantes, de origem, profissões e idades muito diversas, cujo contributo permitiu testar vários aspectos das questões críticas do projecto, proporcionando também cumprir momentos de contacto com os processos de produção e institucionalização da obra de arte que de outra forma lhes estariam vedados.

Gabriela Vaz-Pinheiro é artista e investigadora que se tem debruçado sobre questões relativas ao reposicionamento de conceitos como: identidade e posições identitárias, localidade e a revogação das iconologias locais, narrativas do quotidiano, território e fluidez. Algumas destas questões tomam a forma de intervenções de carácter referencialmente contextual, tanto em Portugal como no estrangeiro.
http://publicmuseum.wordpress.com/

autoria Gabriela Vaz-Pinheiro colaboração Cristiana Rocha participantes Ana Margarida Vieira, Cristiana Costa Pereira, Daniela Sá Carmo e João, Filomena Silva Loureiro, Gustavo Abreu, Igor Borovskyy, Inês Espinhaço, Isabel Valle, Ivo Abreu, Joana Vieira de Andrade, João Granadeiro Cortesão, Margarida Roseira, Maria João Patronilho e Francisca, Marta Oliveira Rocha, Paulo Coelho de Castro, Pedro Jorge Ribeiro, Regiane Silva, Rui Moura, Samanta Pacheco Moura, Susana Maria Paiva e Wilson Costa, Vinicius Macuch Silva e Xana Miranda voz Francisca Patronilho produção executiva Núcleo de Experimentação Coreográfica equipa de produção Joana Ventura e Mafalda Couto Soares equipa técnica Patrícia Viana de Almeida, Patrícia Azevedo Santos e Rui Manuel Vieira pós-produção vídeo Cimbalino Filmes agradecimentos Diana Cardoso, Eva Ângelo, Helder Dias apoios Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto e Departamento de Som e Imagem da Universidade Católica parcerias NEC, Museu de Serralves e Espaço Campanhã
Projecto financiado pelo Ministério da Cultura / Direcção-Geral das Artes

21/01/2010

Dear "Collectrices": Is it really a man's (art) world?

"Is it, really? The facts seem to be indisputable: Whether you check the top artists on Artfacts or the lists of influential art people and billionaire collectors on Forbes, only a few women are included. And only 37 % of the members at Independent Collectors are female, although this seems to be a surprisingly high figure for some.

But what if this is less a problem of actual presence and more an inbuilt glitch in the way such data is gathered?

Leaving the top selling artists and the matter of scale aside for a moment, could it be that there are actually more active women in the art world in general and among collectors in particular? Couldn't it be that "collectrices" are just less outgoing and tend to brag less about what they are doing? The male-dominated list of "most active" collectors at Independent Collectors supports this thesis.

From our experience, women who definitely are collectors by the usual standards are more often reluctant to call themselves collectors than their male counterparts. They seem to be more modest and less likely to define themselves through their collection. But there has to be a truth in the statement of gallery owners who say: It is a man's world. They must know who they're selling to, right?

Independent Collectors wants to find out what the situation is like beyond the glitter and glamour surface.

So if you are a collector, female or otherwise, you are invited to join Independent Collectors to contribute to the discussion and, who knows, maybe we'll learn that there are more women collectors than everybody thought."

Independent Collectors
Schlesische Str. 28
D-10997 Berlin
Germany
http://www.independent-collectors.com

20/01/2010

If I Can't Dance Tonight with Aurélien Froment & Youri Dirkx



'In Order of Appearance'
Tuesday, January 26 2010, 20:00 hrs

Upcoming 'If I Can't Dance Tonight' features Aurélien Froment and Youri Dirkx, who will present the performance 'In Order of Appearance'. The performance questions ways of presenting an artwork. The presentation takes place amidst architecture made of paper, modelled on the white cube of the museum. This draft version of the gallery space is used here as an operating table, an abstract playground where objects and artworks are transformed in one way and then another, exploring their identity and functions. The piece explores the different viewpoints that one has of objects according to their context of exposition. Read more »

'In Order of Appearance' is coproduced by STUK art centre, Leuven, and If I Can't Dance, I Don't Want To Be Part Of Your Revolution and is supported by Etant donnés and the Kadist Art foundation.

If I Can't Dance Tonight is generously supported by the Mondriaan Foundation, SNS Reaalfonds, Amsterdams Fonds voor de Kunst and Prins Bernhard Cultuurfonds.

IF I CAN'T DANCE TONIGHT – FRASCATI, NES 63, AMSTERDAM, BOOKINGS:+31 (0)20 626 68 66, TICKETS €10, €7,50 DISCOUNT, THEATERFRASCATI.NL
About Aurélien Froment & Youri Dirkx

Aurélien Froment (born 1976 in Angers, France, lives and works in Dublin) explores how the periphery of display systems, understood in a broad way, operates: from the gallery walls to the screen to book pages. With the complicity of actor Youri Dirkx, his interest in the exhibition medium has recently broadened to theater. After Playground in Leuven, the New Festival of the Centre Pompidou, Paris, and in New York for Performa 09, the performance will be presented at Frascati, Amsterdam. Froment’s work has been internationally exhibited, notably at the CCA Wattis, San Francisco, Palais de Tokyo, Paris, and Project Arts Centre, Dublin.

Youri Dirkx (born 1972 in Belgium, lives and works in Brussels) studied acting at the Kleine Academie from 1992 until 1995. Since 1997 he is a member of the Brussels based theatre company called Tristero (www.tristero.be). He also worked as a performer on several projects by visual artist Dora García. In 2008 as well as in 2009 he received a grant for personal artistic development from the Arts Department of the Flemish Community.

19/01/2010

Alexandra Ferreira e Bettina Wind



THIS IS NOT THE DOCUMENTATION OF A PERFORMANCE (2010)

com a colaboração de Gonçalo Ferreira de Almeida e Ramiro Guerreiro

Sábado, dia 23 de Janeiro às 19h00.

Atelier Real
Rua Poço dos Negros, 55
1200-336 Lisboa
www.atelier-real.org

Dois intérpretes, um vídeo, uma câmara de filmar: é este o ponto de partida de uma experimentação progressiva com o objectivo de testar os elementos e os efeitos da documentação, explorando os seus limites e o seu potencial. Durante os dois meses de um processo de trabalho e reflexão no âmbito da residência no Atelier Real, as artistas Alexandra Ferreira e Bettina Wind observaram reacções e interferências entre o evento e a sua filmagem. A que género de expectativas é que a documentação pretende corresponder? Que narrativas se acrescentam à intenção original? Será que a documentação se faz para lembrar a performance a posteriori, ou será que se trata antes de cobrir o evento inicial com novas imagens e composições? O que é que sobra do processo? E que papel desempenha o público nesta situação?

O filme THIS IS NOT THE DOCUMENTATION OF A PERFORMANCE (2010), cujo título é tirado de uma obra da artista Adrian Piper realizada em 1976, é antes de mais um exercício performativo na área da documentação. Um exercício que coloca questões inevitáveis, tais como a de saber para quem, e para que é que se filma. A partir de um vídeo da performance “Xavier Leroy” (2000), coreografada por Xavier Leroy e assinada por Jérôme Bel, um novo par de autoras (Alexandra Ferreira e Bettina Wind) pediu a um novo par de intérpretes (Gonçalo Ferreira de Almeida e Ramiro Guerreiro) para desenvolver juntamente com elas uma leitura genuína da documentação, e revelar assim o que se esconde no acto de mostrar.

Conceito e Realização: Alexandra Ferreira e Bettina Wind
Performance: Gonçalo Ferreira de Almeida e Ramiro Guerreiro
Montagem: Maria-João Carvalho
Apoio Técnico: Pedro Barateiro, Pedro Magalhães (Estúdio Golden Pony Lisboa), Nuno Morão, Renata Sancho

14/01/2010

RITA CARVALHO




RITA CARVALHO Cartografias dos Açores
INAUGURAÇÃO DA EXPOSIÇÃO DIA 16 DE JANEIRO (SÁBADO) às 17:00h TERMINA A 9 DE FEVEREIRO

GALERIA DAMA AFLITA rua da picaria, 84, Porto

Evocando cartografias medievais, os trabalhos expostos mostram o potencial narrativo e ficcional do mapa, em vez da sua capacidade de descrição “objectiva”.
Partindo de uma viagem aos Açores, a autora interpreta lugares do arquipélago através de um registo sobre quem lá vive ou pensa sobre eles, mas também sobre o que lá existiu e aconteceu. Assim, mais do que paisagens naturais assombrosas, esses lugares são entendidos como sobreposições de histórias que a passagem do tempo esconde, mas que ainda assim, os definem.


Horários
Segunda a sábado, 15h às 19h
Fora do horário, por marcação.

www.damaaflita.com

09/01/2010

Susana Mendes Silva - Santa Justa



"Santa Justa" é um projecto que se enquadra num Programa Cultural de promoção da “Arte Pública” que a CARRIS pretende desenvolver em alguns veículos da sua frota de serviço público, recorrendo, em 2010, aos Ascensores e ao Elevador de Santa Justa, veículos classificados, desde 2002, como Monumentos Nacionais.
Os artistas participantes são Vasco Araújo no Ascensor do Lavra, Susana Anágua no Ascensor da Glória, Alexandre Farto no Ascensor da Bica e Susana Mendes Silva no Elevador de Santa Justa.

"O meu projecto para o Elevador de Santa Justa tem dois momentos: um texto, em forma de carta dirigida aos passageiros, traduzido em nove línguas, e que convida todas as pessoas a enviarem as suas fotografias, histórias, desenhos, ou outros ficheiros para fazerem parte de um blog. Este blog é um arquivo de memórias e afectos sobre o Elevador. Dos afectos de todos os que nele viajam ou o visitam. Este arquivo está a ser permanentemente construído a partir da sua contribuição: as suas fotos, os seus vídeos, os seus textos, ou os seus desenhos sobre a sua experiência no Elevador de Santa Justa: http://santa-justa.blogspot.com/

Envie a sua contribuição para: susana.mendes.silva@gmail.com
Fico a aguardar notícias suas.

Obrigada,
Susana"

04/01/2010














“Há na insolência uma rapidez de acção, uma orgulhosa espontaneidade que quebra os velhos mecanismos triunfando pela sua prontidão sobre um inimigo poderoso mas lento. Desde o primeiro momento, os shandys viram que nada era tão desejável como o facto de que a conjura portátil se transformasse na exaltação espectacular daquilo que surge e desaparece com a arrogante velocidade do relâmpago da insolência. Daí a existência da conjura shandy, cuja característica principal era a de conspirar por conspirar, fosse breve.” (Enrique Vila-Matas, História Abreviada da Literatura Portátil)

A Caldeira 213 foi uma associação de jovens que reuniram os seus esforços em torno de um espaço de produção e exibição artísticas, na Rua dos Caldeireiros, na cidade do Porto, entre 2000 e 2002.

A necessidade de materializar um processo de reflexão sobre o que aconteceu durante o tempo em que a Caldeira 213 esteve aberta ao público originou a ideia de publicar um conjunto de textos. Não se pretende uma historigrafia da C213, nem um catálogo dos eventos que lá tiveram lugar, mas um debate de ideias que lance questões vindas do passado com a capacidade de se projectarem no futuro.

Nasce, assim, dez anos depois, uma publicação online sobre este projecto.